OK. Decreto hoje, dia 4 de dezembro de 2007, minha rendição. Está mesmo na hora de crescer e largar o ursinho de pelúcia que fica na cama. Tornarei o meu sarcasmo habitual, que sempre cultivei mais por hobby e por exercício mental, a minha filosofia de vida.
Chega de acreditar no sentimento puro, no amor verdadeiro, na duração intensa e sincera mesmo que temporária de um relacionamento. Opto a partir deste exato momento por destacar os sinais de que isso tudo é invenção de livro infantil. Celebremos o desejo carnal, os contatos frívolos, a fugacidade da vida e a intelectualidade moderna que contesta todos os “ismos” e “monos”. NÃO EXISTE MONO! TUDO É POLI E PLURI!
Vou me colocar acima de todos, sem me preocupar em ter cuidado com o sentimento alheio – afinal, o que vale realmente é o que EU penso e sinto, não é mesmo!? Ah! E quem sou eu para ter algum controle sobre o resultado? Agindo assim, lavo as minhas mãos e decreto a minha total impotência diante deste mundo sombrio e egoísta que habitamos. “Só estou sendo eu mesma”, direi a todos que se puserem no meu caminho. E se algo sair como eu não queria, basta olhar para o lado. Objetos de desejo aparecem e desaparecem ao sabor do vento.
Viva as pessoas que prezam pelos prazeres momentâneos! Viva as possibilidades infinitas que estão por aí! Usarei o meu radar jornalístico para estar sempre atenta, para não perder essas oportunidades... Ouvi dizer que é fundamental manter uma visão “macro” de tudo. Quero isso! A solidão serve para aqueles que não têm essa percepção abrangente de vida, porque, se existem tantas pessoas no mundo que podem nos fazer felizes, mesmo que por três minutos, não há como ficar sozinho!!! E limitar todo o seu campo a uma única opção é tolo. Medíocre. Pequeno. Atrasado. Insensato. Só mostra que você não é um ser evoluído.
O reducionismo é pobre e estamos cercados somente de convenções e padrões. Tudo que foge a essa premissa não merece atenção. O coração é apenas um músculo e as idéias valem mais do que tudo, mesmo que essas não sejam postas em prática. Mais uma vez: o que vale é falar, debater, destrinchar, insistir, esmiuçar, revirar, pisotear, decifrar, contestar, duvidar, mexer, remexer, exercitar, machucar, colidir, chocar, testar, confrontar! Instigue o outro a colecionar pontos de interrogação, isso é saudável! Viva a sinceridade mais desprovida de qualquer compaixão ou preocupação referente ao ouvido do receptor!!!!
Escolho o infinito, porque tudo é fulgás. Não existe “certo” ou “incerto”. Tudo são versões de coisa alguma. Elos e laços afetivos são amarras falsas, porque o instinto é o que sempre sobrevive. Mesmo que a gente tenha que chamar de "instinto" o que é planejado e premeditado.
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