terça-feira, agosto 12

Perspectiva

Passa sim. TUDO passa. A vida é feita de instantes que se conectam e se entrelaçam, nesta nossa constante dança de ritmos distintos, definidos de acordo com a ocasião e com a festa: passos que marcam um processo contínuo alternam com batidas que sinalizam o fim ou o início de um novo ciclo. Às vezes, nós mesmos escolhemos a música e a coreografia; às vezes, somos apenas conduzidos e não temos outra opção.

Há momentos felizes e momentos tristes. Faz parte. Cabe a nós entender essa dinâmica e lidar com ela da melhor maneira possível. Para mim, a grande sabedoria está em saber vivê-los intensamente, mas com desprendimento, pois cada um deles... vai passar. Demorei muito para enxergar isso, mas hoje essa perspectiva faz cada vez mais parte de mim.

É necessário usar periodicamente a nossa balança de valores para dar peso às coisas e às pessoas. O primeiro passo é perceber e entender que dar ao outro o poder de TE fazer feliz ou de TE realizar é no mínimo injusto com o outro e a garantia de decepção e infelicidade.

Acho que andei lendo muito Osho, Eckhart Tolle, Nuno Cobra... Apesar das linhas e pensamentos diferentes, todos eles batem na mesma tecla, de uma forma ou de outra (e eu concordo):

O que existe é o presente. O passado é sempre reinventado e reescrito por nós, nunca lembramos dele da forma como ele de fato foi. O futuro é apenas uma convenção humana – na verdade, ele nunca vai chegar. O que existe é o presente. Seja feliz no presente. Busque a paz de espírito no presente.

Quando consigo essa paz, comemoro e me sinto bem-sucedida. Quando bate ansiedade ou tristeza, presto atenção e espero elas irem embora, tentando aprender algo com a sua visita. Na prática, não é fácil. É um baita exercício de autoconhecimento e, muitas vezes, eu erro na mão. Mas não desisto nunca!

3 comentários:

Carlos Henrique disse...

Jacqueline

Vez ou outra, nas minhas caminhadas virtuais, passo para ler os seus textos e aprender com seus pensamentos. Quase sempre, me surpreendo com a sua capacidade de ler e codificar os acontecimentos da vida. Hoje fui obrigado a postar um comentário, pois esse texto em particular é uma obra prima. Parabéns!

Glauco Paiva disse...

A felicidade é uma commodity rara, amiga. Eu ando pensando que ninguém vai dar ou vender. É preciso encontrá-la por nós mesmos...

Gabriel Cavalcanti da Fonseca disse...

Afinidades temáticas..

Gostei muito do texto.

Bjs