Um comentário um pouco atrasado, mas é que ainda estou sorrindo e estou achando ainda tudo meio esquisito, deliciosamente esquisito:
A vida tem me mostrado que as boas surpresas só aparecem mesmo quando não estamos esperando... Não funciona abrindo os braços, e pedindo em voz alta para o céu "dê-me algo surpreendente!"
Venho descobrindo que ADORO ser mimada... E ADOREI... Bem, quero ficar mais vezes quieta e concentrada na montanha-russa!
quinta-feira, novembro 20
terça-feira, novembro 18
Termina um ciclo. Que comece um novo! :)
Por que é tão difícil abrir mão de um projeto fracassado ou cujo ciclo de vida já terminou? Por que há tanta gente chorando por aí devido a uma frustração de um fim de relacionamento? Porque é bem difícil olhar para o término com uma simples análise de “NÃO DEU, NÃO ROLOU”. Quem está de fora consegue fazer isso. Mas para o dono do coração machucado, o buraco é mais embaixo.
A sintonia entre duas pessoas termina porque ela acaba. Foge de uma explicação milimétrica ou de uma causa cronologicamente detectável. Da mesma forma que o desejo de estar junto se alimenta de pequenos e grandes momentos, de pactos firmados no silêncio, da cumplicidade que brota naturalmente, e da decisão de acreditar que o outro é especial porque o outro te faz muito bem; o enfraquecimento do “a gente” ocorre aos poucos, em pequenos desentendimentos, em alguns excessos de individualidade sucessivos, em tênues interrupções de encantamento, na divergência de planos.
Assim como muitas vezes não queremos ver que estamos cada vez mais envolvidos com aquela pessoa que conhecemos há pouco tempo e afirmamos sem convicção “não, não estamos levando a sério coisa alguma"; quando o gráfico do desejo inverte sua curva e começa a declinar, também demoramos a querer enxergar o início e o meio do fim – o que dirá declarar a sua morte, como fazem os médicos ao constatar que o paciente já não respira mais na mesa de operação. É triste, é doloroso, mas na maior parte das vezes, inevitável. É preciso encarar de frente a verdade universal: somos impotentes em muitos casos e a sabedoria está justamente em reconhecer quando chegou a hora de "jogar a toalha" e dizer "que puxaaa..."
Até existem técnicas de ressuscitamento... Acho que conversar ajuda. Mas devo dar um conselho, baseado em experiência própria: falar demais tem efeito contrário. Não esclarecer as coisas nunca é bom, porque acaba gerando desentendimentos, mas a verborragia é prejudicial à saúde de qualquer relação. Se você tenta explicar e prever até o que não aconteceu ainda e talvez nem aconteça, não sobra espaço algum para o inusitado desta nossa vida, para a mágica do indescritível...
Anyway. É sim difícil, bem difícil, abdicar de um desejo que a gente quis muito, construído dia a dia. Dói. E às vezes as pessoas se apegam a ele, exclusivamente a ele, quando tudo à sua volta já se foi, quando já “NÃO DÁ, NÃO ROLA MAIS”. E o que ficam são as lembranças dos bons momentos que, com o tempo, serão mais um punhado de doces memórias no nosso livro que começamos a escrever assim que nascemos. Mas até lá... leva tempo, meu caro. É um PRO-CES-SO. Não dá para pular etapas. As dores do coração nunca serão tranqüilas, mesmo para aqueles que decidem “congelar” o outro, “matar” o outro. A dor continua ali, mesmo mascarada, mesmo escondida e ainda mais difícil de ser alcançada pelo metiolate do tempo.
Bem...Pode ser que demore menos tempo do que você imaginou... Quem sabe? Quem sabe se já já surge um “novo projeto”? Mas de novo: nada disso é previsível. Viver não é previsível. E a grande graça, pelo menos para mim, é QUERER. É o mais importante verbo da vida.
A sintonia entre duas pessoas termina porque ela acaba. Foge de uma explicação milimétrica ou de uma causa cronologicamente detectável. Da mesma forma que o desejo de estar junto se alimenta de pequenos e grandes momentos, de pactos firmados no silêncio, da cumplicidade que brota naturalmente, e da decisão de acreditar que o outro é especial porque o outro te faz muito bem; o enfraquecimento do “a gente” ocorre aos poucos, em pequenos desentendimentos, em alguns excessos de individualidade sucessivos, em tênues interrupções de encantamento, na divergência de planos.
Assim como muitas vezes não queremos ver que estamos cada vez mais envolvidos com aquela pessoa que conhecemos há pouco tempo e afirmamos sem convicção “não, não estamos levando a sério coisa alguma"; quando o gráfico do desejo inverte sua curva e começa a declinar, também demoramos a querer enxergar o início e o meio do fim – o que dirá declarar a sua morte, como fazem os médicos ao constatar que o paciente já não respira mais na mesa de operação. É triste, é doloroso, mas na maior parte das vezes, inevitável. É preciso encarar de frente a verdade universal: somos impotentes em muitos casos e a sabedoria está justamente em reconhecer quando chegou a hora de "jogar a toalha" e dizer "que puxaaa..."
Até existem técnicas de ressuscitamento... Acho que conversar ajuda. Mas devo dar um conselho, baseado em experiência própria: falar demais tem efeito contrário. Não esclarecer as coisas nunca é bom, porque acaba gerando desentendimentos, mas a verborragia é prejudicial à saúde de qualquer relação. Se você tenta explicar e prever até o que não aconteceu ainda e talvez nem aconteça, não sobra espaço algum para o inusitado desta nossa vida, para a mágica do indescritível...
Anyway. É sim difícil, bem difícil, abdicar de um desejo que a gente quis muito, construído dia a dia. Dói. E às vezes as pessoas se apegam a ele, exclusivamente a ele, quando tudo à sua volta já se foi, quando já “NÃO DÁ, NÃO ROLA MAIS”. E o que ficam são as lembranças dos bons momentos que, com o tempo, serão mais um punhado de doces memórias no nosso livro que começamos a escrever assim que nascemos. Mas até lá... leva tempo, meu caro. É um PRO-CES-SO. Não dá para pular etapas. As dores do coração nunca serão tranqüilas, mesmo para aqueles que decidem “congelar” o outro, “matar” o outro. A dor continua ali, mesmo mascarada, mesmo escondida e ainda mais difícil de ser alcançada pelo metiolate do tempo.
Bem...Pode ser que demore menos tempo do que você imaginou... Quem sabe? Quem sabe se já já surge um “novo projeto”? Mas de novo: nada disso é previsível. Viver não é previsível. E a grande graça, pelo menos para mim, é QUERER. É o mais importante verbo da vida.
segunda-feira, novembro 3
O findi
Apesar dos dias "mais comprimidos", tenho me distraído e é muito bom estar entre amigos...
Sexta, foi dia de me esbaldar na pista de dança com as minhas melhores amigas; o sábado começou com um "passeio consumista" na Nossa Senhora de Copacabana com uma outra amiga, e terminou com uma sessão de DVD, com o filme "O Vidente", na cia. de um amigo divertido que me livrou de um "bode" que estava querendo aparecer e me deixar deprimida (o filme é que não é lá essas coisas, apesar do Nicolas Cage e da Julianne Moore)... No domingo, adorei! O sol contrariou a meteorologia e o dia foi de praaaia... Como fiquei de óculos escuros o tempo todo, o saldo: pareço uma rena do nariz vermelho... :)
De novo, me programei para estudar e colocar a leitura em dia, e não cumpri... Ah! Mas fazer o quê? Estou em busca da leveza...
Lindo texto da Martha Medeiros...
A DOR QUE DÓI MAIS
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido às aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido às aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
sábado, novembro 1
Sometimes you just have to breath
(...)
"There's a light at each end of this tunnel
You shout cause you're just as far in as you'll ever be out
And these mistakes you've made
You'll just make them again if you'll only try turnin' around
2 AM and I'm still awake writing this song
If i get it all down on paper it's no longer inside of me
Threatening the life it belongs to.
And I feel like I'm naked in front of the crowd
Cause these words are my diary screamin' out aloud
And I know that you'll use them however you want to.
But you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass glued to the table,
No one can find the rewind button now
Sing it if you understand...yeah breathe
Just breathe, oh oh breathe, just breathe, oh breathe,
just breathe, oh breathe, just breathe..."
(Anna Nalick / "Breath")
"There's a light at each end of this tunnel
You shout cause you're just as far in as you'll ever be out
And these mistakes you've made
You'll just make them again if you'll only try turnin' around
2 AM and I'm still awake writing this song
If i get it all down on paper it's no longer inside of me
Threatening the life it belongs to.
And I feel like I'm naked in front of the crowd
Cause these words are my diary screamin' out aloud
And I know that you'll use them however you want to.
But you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass glued to the table,
No one can find the rewind button now
Sing it if you understand...yeah breathe
Just breathe, oh oh breathe, just breathe, oh breathe,
just breathe, oh breathe, just breathe..."
(Anna Nalick / "Breath")
Sumi, mas voltei!
Meus caros 2,3454 leitores... Desculpe pelo sumiço nesses quase dois meses... Peguei um caminho errado, errei a curva. Sabe quando às vezes dar três voltas a mais no quarteirão é importante para percebermos direito a paisagem pela qual passamos correndo antes? Ou para descobrir que aquela outra estrada era melhor?
Enfim... Não vim aqui escrever durante todo esse tempo, porque sentia que não havia muita coisa a dizer. Mas agora voltei!!!!!!!!!! Fiz o que aconselhei minha amiga a fazer, no post anterior. "Tamos na área." :)
Enfim... Não vim aqui escrever durante todo esse tempo, porque sentia que não havia muita coisa a dizer. Mas agora voltei!!!!!!!!!! Fiz o que aconselhei minha amiga a fazer, no post anterior. "Tamos na área." :)
Assinar:
Postagens (Atom)