sexta-feira, dezembro 28

Balanço / 2007

Definitivamente, 2007 foi um ano muito bom! Um ano de decisões importantes e de entrada de coisas muito boas na minha vida!!!!!

Em primeiro lugar: conquistei a independência de morar sozinha – meus amigos sabem muito bem o que isso significa para mim. Um grande desejo que foi realizado com sucesso!

Junto com a conquista do meu espaço, abri a porta da minha casa e da minha vida para esses dois seres pequenos que fazem miau e que já amo tanto: Clicquot e Trigo. Não sei mais como seria o meu dia-a-dia sem os miados, os “rrrrrrrrr” deles quando estão felizes e aquele bando de pelo por toda parte. Se meu alergista ler isso, com certeza vai vir me explicar de novo todos os malefícios provocado pelos felinos... Já disse que não se pode falar mal de família!
Por falar em alergia, foi neste ano que resolvi também tomar vergonha na cara e cuidar dos "ites" que sempre assombraram minha vida, uns mais e outros menos. Comecei um tratamento de dois anos para controlar a sinusite, a rinite e a bronquite. Também abandonei a vida de dietas milagrosas e malucas para iniciar um programa sério com uma endocrinologista!

Este ano também foi ótimo para o coração: a convivência com o André foi e tem sido gostosa, verdadeira... E um aprendizado também – sobre mim, sobre ele, sobre nós... As afinidades são muitas, mas as diferenças também e às vezes dá vontade de voar no pescoço dele (tenho certeza que a recíproca é verdadeira) ... Mas o que vale é o sentimento e a vontade de ficar junto e de ficar bem... AMO VOCÊ!

Em relação aos meus amigos, como sempre não tenho o que reclamar: eles estão sempre ao meu lado, mesmo que distantes geograficamente, ou longe do convívio diário devido à correria de todos nós... O elo só se fortalece e é MUITO BOM saber que posso contar com eles e eles comigo...

No campo profissional, apesar da constante sensação de ausência de foco, fiz importantes conquistas também. Acho que consolidei "meu lugar" no trabalho e obtive reconhecimento por isso. Expandi também minhas atividades e tratei de arranjar uma forma de “tirar casquinha” do mundo da reportagem que sempre despertou tanto “tesão” em mim e o qual decidi “abandonar” (não assinei um contrato permanente) por querer valorizar outras coisas...

Não poderia deixar de citar uma decisão importante que tomei este ano também: após seis anos e meio de terapia, resolvi suspender o divã e ver se consigo andar com minhas próprias pernas, visto que já conheço como funciona o mecanismo. Não vou mentir: ô tarefinha difícil esta de tentar me entender e entender este mundo louco que nos cerca... Mas estou sempre tentando, desistir nunca!

Para 2008, quero fazer planos mais audaciosos para a minha carreira e começar a colocar a semente na terra. Mas, acima de tudo, QUERO CONSOLIDAR E FORTALECER TUDO O QUE RELATEI ANTERIORMENTE SOBRE 2007.
Quero ler mais, me exercitar mais, trabalhar mais, dormir mais, namorar mais, cozinhar mais, viajar mais, passear mais, amar mais, ir mais ao cinema... Nossa! Já cansei! :)

Desejo continuar regando o que plantei, atenta às pessoas e coisas que são importantes para mim – incluindo aqui os meus filhos felinos. Meu foco maior continuará sendo a chamada “paz de espírito”, ou qualquer nome que você queira dar para essa quietude interior desprovida de ansiedades excessivas e angústias.

quarta-feira, dezembro 26

Impaciência

“Paciência é uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. Consiste basicamente de tolerância a erros ou fatos indesejados. É a capacidade de suportar incômodos e dificuldades de toda ordem, de qualquer hora ou em qualquer lugar.”

Eis a definição que está no wikipedia...

O que tira a minha paciência pode não ser o que tira a sua. O que te irrita não necessariamente me irrita e assim vai...

Nunca tive paciência para esperar o interminável. Acredito que os relógios e os horários não foram criados à toa. São referências que servem para organizarmos o nosso tempo, cada vez mais escasso e apertado. Se me prontifico a encontrar com você em uma determinada hora, sei que algum atraso já está incluído no acordo – ALGUM atraso... Da mesma forma, novos acordos ou adaptações ao que foi programado inicialmente é mais do que normal...

Para quem atrasa sempre e leva a vida num ritmo desprovido de qualquer interferência externa, a impaciência deve ser algum E.T. de Varginha ou um “absurdo”, um “descontrole totalmente dispensável”.... Mas, acredite: para quem gosta de chegar na hora e se programa para isso, o contato com o atraso eterno é angustiante, uma constante impressão de perda de tempo.

Minha impaciência está acumulada. Seu cartão de fidelidade engordou três pontos nos últimos dias.

terça-feira, dezembro 18

Um rápido comentário sobre "Inland Empire"


“As ações têm conseqüências”; Hollywood vende um ideal de felicidade totalmente falso; o conceito de "ontem", "hoje" e "amanhã" é confuso mesmo; a mulher de cabelo preto chora ao olhar a imagem chuviscada na TV, porque queria ser loira e queria ser uma estrela de cinema como a protagonista; todas aquelas mulheres que aparecem repentinamente para a loira são, na verdade, a sua consciência (ou até o seu ego e superego) e os coelhos... Os coelhos... Bem, aqueles coelhos...

Tá. Não sei. Como já li que o David Lynch tem um filme chamado “Rabbit”, pode ser que seja uma referência.

Depois de ver “Cidade dos Sonhos” e constatar que, de fato, há uma coerência e uma história, apesar de muita gente dizer que não, me empolguei e achei que seria capaz de brincar de desvendar “Inland Empire”.

Vou até assistir a outros filmes de Lynch para mergulhar mais nesse seu mundo louco e tentar entender o que se passa naquela cabeça criativa, mas o fato é que “Inland Empire” dá um nó na nossa mente. São muitas imagens desconexas seguidas, muito sons, muito vermelho e azul, muita sombra...

Mas, mesmo assim, para quem gosta de testar e exercitar o próprio cérebro, é um exercício e tanto! Saí do cinema certa de que minha explicação simples e objetiva é a correta:

O filme, na verdade, é sobre a frustração da morena que sempre aparece chorando à frente da televisão. Ela sofre, porque engravidou e seu amante/namorado rejeitou o filho e terminou a relação – e, para piorar, o cara ainda era casado. Como vive uma vida de frustração e solidão, ela se distrai e fantasia com base nos filmes de Hollywood. O longa-metragem, dessa forma, é sobre os devaneios da morena... Ela se vê na loira atriz que é escalada para o tal filme polonês amaldiçoado e é na cabeça dela que a protagonista acaba misturando o seu papel no cinema com a realidade e se apaixonando “de verdade” pelo ator. Tanto é que, no final, aquela japonesa sentada no meio da rua, próxima ao mendigo, menciona uma “morena que usava uma peruca loira”...

Ok! Ainda não desvendei todos os detalhes... Pretendo encarar mais 3 horas de filme para fazer isso.. Um dia!

quinta-feira, dezembro 6

Que preguiça é esta?

Sabe aqueles dias em que você tem muita coisa para fazer, tudo acumulado, mas a vontade de ficar “vagando” por aí é grande?

Confesso: ando muito dispersa, desde que voltei da viagem ao Peru. Com preguiça mesmo. Disseram-me que o clima de “fim de ano” faz isso com as pessoas. Pode ser. Acho que também o fato de ter ficado uma semaninha com aquela “bota robocop” no pé (torci no segundo dia de viagem) contribuiu para o cenário.

Tenho muito trabalho no trabalho, em casa tenho trabalho extra também, mas tudo o que quero mesmo é me jogar no sofá para ver a segunda temporada de “Without a Trace”, série que “descobri” há pouco tempo. Sei, sei que é tempo desperdiçado, que não vou aprender nada com isso... Mas... Eu quero!!!! Além disso, Clicquot adora quando eu respeito essa minha vontade – ele garante a “cama” (leia-se: minha barriga) para deitar.

Hoje, levei a dupla dinâmica para tomar banho na Pet e amanhã volto lá com o pirralho que está cheio de “pereba” na pele. Ser mãe é isso! Dar carinho, levar ao médico e colocar comida e água no potinho. Ai... Preciso marcar minha consulta médica para terminar o processo de renovação da carteira de motorista, tenho cinco fitas para decupar, tenho uma matéria para apurar e escrever, além de mais uma lista de afazeres... Mas e o “Without a Trace”?
Não, não fiz a fisioterapia que o ortopedista mandou (não fiz nenhuma sessão) ; não, não terminei de lavar as roupas; não, ainda não fui na manicure. Mas já comprei o presente do amigo oculto de amanhã! Tá! Ainda tenho que comprar presente para mais dois amigos ocultos (tudo do trabalho) e fazer a lista de presentinhos que darei neste Natal...

Estou com saudades das minhas amigas... Bocó, Lunne que está na Inglaterra, Vivi, Carlinha, Gel... Pelo menos, hoje vou matar a saudade de outro time: Carol, Simone e Vanessa. OBA!!!!!

Ah! Se você leu o post anterior e se assustou, fique tranqüilo (a)! Foi apenas um desabafo movido por “irritações” momentâneas... :) Nem tudo que a gente escreve no calor das emoções é verdade!

terça-feira, dezembro 4

Resolução para 2008 antecipada. Eu me rendo.



OK. Decreto hoje, dia 4 de dezembro de 2007, minha rendição. Está mesmo na hora de crescer e largar o ursinho de pelúcia que fica na cama. Tornarei o meu sarcasmo habitual, que sempre cultivei mais por hobby e por exercício mental, a minha filosofia de vida.

Chega de acreditar no sentimento puro, no amor verdadeiro, na duração intensa e sincera mesmo que temporária de um relacionamento. Opto a partir deste exato momento por destacar os sinais de que isso tudo é invenção de livro infantil. Celebremos o desejo carnal, os contatos frívolos, a fugacidade da vida e a intelectualidade moderna que contesta todos os “ismos” e “monos”. NÃO EXISTE MONO! TUDO É POLI E PLURI!

Vou me colocar acima de todos, sem me preocupar em ter cuidado com o sentimento alheio – afinal, o que vale realmente é o que EU penso e sinto, não é mesmo!? Ah! E quem sou eu para ter algum controle sobre o resultado? Agindo assim, lavo as minhas mãos e decreto a minha total impotência diante deste mundo sombrio e egoísta que habitamos. “Só estou sendo eu mesma”, direi a todos que se puserem no meu caminho. E se algo sair como eu não queria, basta olhar para o lado. Objetos de desejo aparecem e desaparecem ao sabor do vento.

Viva as pessoas que prezam pelos prazeres momentâneos! Viva as possibilidades infinitas que estão por aí! Usarei o meu radar jornalístico para estar sempre atenta, para não perder essas oportunidades... Ouvi dizer que é fundamental manter uma visão “macro” de tudo. Quero isso! A solidão serve para aqueles que não têm essa percepção abrangente de vida, porque, se existem tantas pessoas no mundo que podem nos fazer felizes, mesmo que por três minutos, não há como ficar sozinho!!! E limitar todo o seu campo a uma única opção é tolo. Medíocre. Pequeno. Atrasado. Insensato. Só mostra que você não é um ser evoluído.

O reducionismo é pobre e estamos cercados somente de convenções e padrões. Tudo que foge a essa premissa não merece atenção. O coração é apenas um músculo e as idéias valem mais do que tudo, mesmo que essas não sejam postas em prática. Mais uma vez: o que vale é falar, debater, destrinchar, insistir, esmiuçar, revirar, pisotear, decifrar, contestar, duvidar, mexer, remexer, exercitar, machucar, colidir, chocar, testar, confrontar! Instigue o outro a colecionar pontos de interrogação, isso é saudável! Viva a sinceridade mais desprovida de qualquer compaixão ou preocupação referente ao ouvido do receptor!!!!

Escolho o infinito, porque tudo é fulgás. Não existe “certo” ou “incerto”. Tudo são versões de coisa alguma. Elos e laços afetivos são amarras falsas, porque o instinto é o que sempre sobrevive. Mesmo que a gente tenha que chamar de "instinto" o que é planejado e premeditado.