quinta-feira, fevereiro 28



Fazemos escolhas o tempo todo. Iniciais, baseadas na vontade; secundárias, após o impacto da realidade. O ideal é se alinhar sempre ao desejo, anyway. “É o que tem para hoje”, costuma dizer um amigo.
Nada de lamentos, ou de "mas por que não é desse jeito?"

VOU ME DIVERTIR NESTAS FÉRIAS... Ah se vou! :)

terça-feira, fevereiro 26

Ambições cotidianas

Você luta diariamente para tentar administrar seu tempo da melhor maneira possível?

Você não consegue sair do trabalho sem estar com o olho ardendo de tanto olhar para o computador ou sem aquela dorzinha no pescoço?

Você se cobra por não ler tudo que gostaria e se critica por, mesmo assim, só querer ler a revista de domingo do jornal O Globo no dia que antecede a segunda-feira?

Você busca “refúgio mental” em séries de TV como Lost, Alias, Without a Trace ou Desperate Housewives?

Você quer sair muito com amigos, ir muito ao cinema, ler muito, trabalhar muito para ver se consegue ganhar muito dinheiro, dormir muito, saber muito e viajar muito, apesar de saber que todos esses desejos são excludentes entre si e que, por castigo divino, o dia só tem 24 horas?

Prazer, temos a mesma alma.
Quero mais de uma vida. Nesta aqui, falta espaço.

segunda-feira, fevereiro 18

No início da semana passada, eu chorava.
Hoje, estou estacionada, de motor desligado; inércia.
Empaquei, perdi o foco. Congelei. Modo stand by.

Não, não apertei o turn off.

Não, não fiz força para acatar o verbo aceitar.
Acho que fui além. Fui parar em outro lugar.
Parece que sequei naturalmente após exposição ao sol sem o uso de filtro solar. Só.

Silêncio. Ausência. Vazio. Para onde foi toda aquela energia?
Mau uso. Excessivo. Alguma previsão sobre a próxima chuva forte?

Mais cedo, anúncio de garoa.
Recusei. Prefiro manter-me concentrada em toda a outra parte do mundo.

Encontrei abrigo na minha zona de conforto chamada "nada".

Praticamente 11 dias de ar seco. Mas quem aqui está contando?
Números. Apenas um método referencial.

Sem espera. Sem expectativa. Sem o “com” em geral.
Ser o que ser sem o querer.

Babel e o passado

Seja no México, Marrocos, Japão ou nos Estados Unidos. Independentemente do cenário geográfico, todos nós somos iguais quando se trata de sentimentos. A frustração causada pela impotência diante de muitas situações; o arrependimento por ter tomado uma decisão que foi o ponto de partida para um acaso que trouxe uma experiência ruim e mudou tudo; a dor da perda de uma pessoa querida. Essa é a lição de “Babel”, do mexicano Alejandro González.

Essa breve análise me remete a outro tema: a existência do passado e a sua influência em nosso comportamento e em nossas emoções. Terminei ontem de ler “O Passado”, do escritor argentino Alan Pauls, considerado pela crítica um dos melhores livros do ano passado. A história é cheia de rupturas e mudanças de rumo (como ocorre de fato na “vida real”), mas o único fator que é mais ou menos linear, que permanece estável e parece “costurar” toda a obra é a memória do narrador, que é o protagonista. O passado dele é o único ingrediente de toda a receita que permanece ali, não vai embora. Pode até ganhar um tempero diferente com o passar do tempo, mas não o abandona nunca.

Até que ponto o passado é presença importante e até que ponto ele é apenas um penetra indesejado? Em “Babel”, os personagens de Brad Pitt e Cate Blanchett viajam para o Marrocos numa tentativa de consertar o casamento abalado pela morte de um dos filhos; a adolescente japonesa vive atormentada pela carência provocada pelo suicídio da mãe.

Em seu livro “O Poder do Silêncio”, Eckhart Tolle, um pesquisador alemão que é considerado um “mestre espiritual, diz que o passado não existe; é apenas uma convenção criada pelo ser humano, assim como o futuro:

“À primeira vista, o momento presente é apenas um entre os inúmeros momentos da sua vida. Cada dia parece se constituir de milhares de momentos em que ocorrem os mais diversos fatos. Mas, se você olhar mais profundamente, irá descobrir que existe apenas um momento. (...) Este exato momento – Agora – é a única coisa da qual você jamais conseguirá escapar, o único fator constante em sua vida. Aconteça o que acontecer, e por mais que sua vida mude, uma coisa é certa: é sempre Agora.”

E um outro raciocínio dele que está me fazendo refletir:

“Ter o domínio completo da vida é o CONTRÁRIO de controlá-la.”

O filme “Babel” ilustra bem isso.

terça-feira, fevereiro 12

Stones taught me to fly
Love taught me to cry
So come on courage!
Teach me to be shy
'Cause it's not hard to fall
And I don't WANNA scare her
It's not hard to fall
And I don't wanna lose
It's not hard to grow
When you know that you just don't know

("Cannonball" - Damien Rice)

Ando nostálgica, eu acho. Lembranças resolveram me rondar... Acho que é isso.

sábado, fevereiro 9


Não sei qual é o meu ponto de equilíbrio e, hoje, estou particularmente em um dia no qual não consigo chegar à conclusão sobre QUEM SOU EU.

De freqüentadora assídua de festas a uma pessoa que adora o silêncio após um dia repleto de comunicação. De total fugitiva dos próprios sentimentos a uma atenta observadora do que se passa neste mundinho particular.

Mas será que não sou apenas uma pessoa de extremos? Só sei transitar pelos excessos?

Continuo em busca da medida. Não ando sabendo o que é uma atitude normal, o que é uma reação natural e o que deve ou não deve me chatear. Se me chateio, não ando apenas falando – acho que engoli um megafone.

Como viver em um mundo onde todo mundo pensa tão diferente e, no fundo, tem os mesmos medos, as mesmas inseguranças?

Quero muito entender qual é o tom... Às vezes, acho que simplesmente derramo sal demais - quando o ideal seria pôr apenas um pouquinho. Acostumei-me ao exagero?

Cadê o meu manual de instruções?

Não estou conseguindo entender nada. Não compreendo o que me dizem, não sei explicar o que me aflige, não ouço direito e, quando falo, percebo que a mensagem que chega ao ouvido do receptor é completamente diferente daquela que emiti.

Alguém pode, por favor, me informar onde é a tecla SAP? Ou só quero a partir de agora filme com legenda. Mas que essa legenda comece explicando para esta pobre criatura aqui quem ela é.