quinta-feira, junho 4

A caixa de pandora

Medo só atrasa a vida. E só há um jeito de vencê-lo: encarando-o de frente. Medo varrido para debaixo do tapete vira trauma de infância. E dá um trabalho superá-lo! É um tal de pedir ajuda para Freud e muitas vezes a conversa com o homem do charuto é dolorosa.

Tenho horror à inércia prolongada. Conheço gente que vive assim, brincando de estátua as 24 horas do dia e entregando nas mãos de Deus uma responsabilidade que é bem terrena e da gente. Uma coisa é uma pausa para refletir, retomar o fôlego e repensar a estratégia, outra é estacionar na vida e recorrer à síndrome da Gabriela – “Eu nasci assim, eu cresci assim... Sempre Gabriela...”

Se não sabe o que quer, comece cortando da lista o que NÃO quer. Se deseja de verdade, faça por onde. O santo não vai fazer você ganhar na loteria, se você não comprar o bilhete. Tenho pavor da vitimização, porque, ao que tudo indica, ela vicia. A pessoa fala tantas vezes “comigo é assim” que essa mentira acaba virando verdade.

Não tem jeito. Onde você for, você vai atrás. Por isso, nada melhor que fazer as pazes com você mesmo e arranjar um jeito pacífico de se conviver. Fantasmas e dragões internos, quem não os tem? O que muda é a maneira de lidar com a caixa de Pandora.

Nenhum comentário: